sábado, 6 de agosto de 2016

Num indo e vindo infinito...

"A vida vem ondas como o mar, num indo e vindo infinito" Lulu Santos

É assim a minha história com o blog. Um indo e vindo infinito. Escrevo, paro, escrevo, paro.
Dessa vez posso até colocar a desculpa de que, com a mudança para a casa nova, fiquei sem internet praticamente 6 meses. Agora, devidamente conectado, não vejo razão para não voltar a ler os blogs e postar algumas coisas de vez em quando.
Acabo de sair de um período de reclusão total em casa por motivos de: caxumba! Meu Deus, nunca imaginei que ficar de repouso, sozinho num apartamento, fosse tão ruim. Já adoeci antes (coisa rara, é fato), mas não tenho lembranças de nada tão difícil quanto o que passei neste dias.
Se ver sozinho em SP, morando só, e doente foi uma das experiências mais difíceis que já passei. Me fez questionar o que estou fazendo da vida. Por que morar tão longe de minha família? Por que morar sozinho? Por que?
Sofri demais. Precisei ir ao hospital 4 vezes, sendo que numa dessas vezes fui obrigado a pedir ajuda da namorada da minha amiga, com quem morava antes de me mudar, tal o meu estado de debilidade.
E diante de tudo isso, fui obrigado a contar a minha mãe que estava doente, o que só serviu pra deixá-la preocupada. 
Tenho amigos em SP, grandes amigos. Porém, moro numa metrópole. Moro distante dos meus amigos, que também tem suas famílias, maridos, namoradas, esposas, filhos. Alguns até se dispuseram a vir até minha casa, ver se eu estava precisando de algo. E eu recusei.
Recusei porque caxumba é altamente contagioso, caso a pessoa nunca tenha contraído o vírus anteriormente, e como alguns desses amigos tem filhos, sobrinhos pequenos, não queria contagiar ninguém. Mas sofri com a solidão do apartamento vazio, das noites de febre, da falta de vontade de fazer comida, de me alimentar direito. Talvez por isso a doença tenha piorado e me feito ir ao hospital muito mal.
MAS, enfim foi embora essa maldita. E os questionamentos do momento de convalescença permaneceram: o que estou fazendo aqui? E se eu adoecer novamente no futuro, como será? Como lidar com esta solidão que eu me impus? Com esse "distanciamento" das pessoas que me querem bem? Porque não fazer novos amigos, sair mais de casa, conhecer novas pessoas, estreitar laços com outras pessoas? Se optei por morar longe da família, preciso construir aqui uma nova família com amigos, e filhos de amigos, e amigos de amigos.
Ou seja, estou cheio de questionamentos e pensamentos para avaliar com a terapeuta na próxima sessão de terapia.
Voltei, e voltei com tudo. Prometo escrever mais vezes.

Grande abraço, querid@s!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O novo não é perfeito.

2016. Novo ano. Novas histórias.

Como havia antecipado para vocês anteriormente, meu finalzinho de 2015 foi uma correria só. De repente, me vi prestes a mudar para o apartamento novo, sendo que a previsão era que ele fosse entregue somente em março deste ano. Diante dessa mudança de planos, comecei a procurar piso, eletricista, planejar a mudança, resolver com minha amiga que morava comigo como ela faria para se mudar com a mulher dela, se isso seria antes ou depois da minha mudança...
Enfim, foi correria sim. Mas, diante de todo afobamento, de inúmeras vezes achar que não daria certo, e das pequenas sabotagens neste meio tempo, consegui me mudar em dezembro. Casa nova, tudo novo. Mal passei 15 dias na casa nova e tive que viajar e só retornei já no iníciozinho de janeiro.
Então, agora sim é que vou aproveitar meu lar, e começar a arrumar ele e deixá-lo do meu jeito. A ficha ainda não caiu que eu estou morando no que é meu, que eu posso deixar aquele espaço com a minha cara, as minhas características.
Às vezez me pego olhando as paredes, o piso, os quartos e pensando: isso aqui é meu, minha conquista, minha casa. E bate uma alegria imensa!!!
Confesso que, assim que mudei, e surgiram alguns probleminhas como vazamento de pias, janela que não fecha direito, etc, etc, foi batendo um desânimo. E aí, num dos papos com a psicóloga ela me joga a frase: "O novo não é perfeito." E isso é algo que eu preciso entender.
Então, aos poucos estou arrumando minha casa e aproveitando para arrumar meu interior também. 2015 foi um ano de mudanças para mim, isso é evidente. Mas foi um ano que tomou muito de minha atenção, disposição. Um ano que me consumiu.
E com tudo isso, problemas familiares, mudança, apartamento novo, eu deixei meu coração de lado. Não me envolvi com ninguém, não abri meu coração pra ninguém. Deixei os sentimentos de lado.
E agora, início do novo ano, sinto que continuo fechado para os sentimentos. Só não sei o porque.
Estou encanado comigo mesmo, me sentido fora de forma, indigno de atenção alheia, de ser olhado, paquerado. Auto estima em níveis abissais. E isso tem me impedido de querer conhecer gente nova, de me envolver, de dar uns beijos, uns pegas por aí.
Ou seja, nem tudo é perfeito mesmo, seja novo ou velho. O ano é novo, a casa é nova, mas eu continuo um velho. Com ideias velhas, com atitudes velhas, com um amor-próprio velho, digno de minha adolescência conturbada.
Pelo visto, este será um ano de cuidar de mim, e dessa cabeça e coração tão confusos.
Feliz ano novo pra todos. Me perdoem o atraso em desejar isso, mas espero que 2016 seja o ano da VIRADA para muitos, aquele ano que jamais será esquecido. Muita luz pra todos.