domingo, 23 de novembro de 2014

Amigos, amigos...

Faz tempo...um bom tempo que tento ir com frequência a academia. A preguiça de acordar cedo me vence quase todos os dias, o que me impede de manter a disciplina, e melhorar este corpinho (e a saúde principalmente).
Há uns dois meses atrás (mais ou menos), nessas idas esporádicas a academia, percebi um rapaz que volta e meia, trocava olhares comigo. Não é o tipo de homem que chamaria a minha atenção, mas eu gostei: tatuagens pelos braços, pernas, (algumas tatuagens), piercing no nariz (aquelas argolinhas que colocam no septo sabe), cabelo castanho liso com um topetinho, branco, grande. Enfim, alguns olhares depois, um dia ele chegou na academia e me cumprimentou. Outro dia ouviu o instrutor me chamando e perguntou se meu nome também era Jefferson (igual ao dele), e ficamos nesse papo besta. Logo de cara, vi que ele utilizava um anel de compromisso e já imaginei que tivesse namorado.
Alguns dias depois, por acaso, vi seu perfil no Instagram e confirmei minha suspeita: namorava sim. Curti uma foto, logo depois ele me seguiu e deixou um comentário numa foto para que eu adicionasse ele no Facebook. Eu adicionei e conversamos algumas bobagens, nosso interesse por Madonna, o ritmo na academia, etc, etc. Alguns dias depois, pediu para que eu o adicionasse no Whats App, porque nem sempre conseguia utilizar o Messenger do Face. Adicionei, e trocávamos algumas mensagens bobas no Whats, do tipo: vai na academia amanhã, cadê você que não apareceu hoje, quero ver você na academia amanhã hein, etc. 
Volta e meia, nesses papos, eu sempre tocava falava sobre o namorado dele, sobre o namoro, coisa que ele evitava falar. Acho que mais como uma forma de me lembrar que a pessoa em questão é comprometido e que aquilo tudo não passava de uma amizade de academia, e nada mais.
Comentando com ele sobre séries, comentei que havia comprado uma naquele dia bem baratinha, ele me pediu para comprar uma pra ele e me pagaria em dinheiro. Comprei, e coloquei a entrega para meu trabalho. Como ele trabalha perto, fui entregar no metrô entre o horário de saída dele e a hora do meu almoço no trabalho. Ele me viu com o uniforme do trabalho, sorriu e disse que estava bonito naquela roupa, que nem me reconheceu. Agradeceu por eu ter comprado a série e foi embora. Um outro dia em que trabalhei num sábado, comentei com ele que estava trabalhando e pediu que esperasse por ele pra ir embora, já que trabalha perto e mora perto de mim também. Resisti, mas no fim das contas encontrei com ele e fomos embora. No caminho, ele me olhando e sorrindo disse que eu era a cara de um ex dele. Tudo, até a voz. Até brinquei falando que pelo visto foi alguém importante, ele negou, falou que sofreu muito com a pessoa e nem tem contato mais.
Fato é que, quando estamos na presença um do outro, rola uma energia legal, dá pra sentir uma atração latente. Mas, ultimamente tenho evitado estar com ele e acho que ele percebeu isso.
O cara namora, pelo visto está muito bem com o namorado e eu não vou entrar de gaiato neste navio. 
Convidei ele e pedi que trouxesse o namorado para almoçarem em minha casa qualquer dia desses, já que moramos perto e ele ficou de falar com o love e me avisar. E eu espero. Mas decidi tratar tudo como uma amizade apenas e não dar margem para confusões. E pelo visto ele já percebeu isso, porque as mensagens diminuíram.
É a vida, e seus desencontros.

Abraços, queridões! 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A vida é cheia de curvas

Neste mês, a revista Vida Simples veio com um presente para os assinantes: um livro do Eugênio Mussak "A vida é cheia de curvas". O livro tem 30 capítulos, com textos curtos que falam sobre as mudanças de rumo, sejam elas pessoais, profissionais, etc.
Já tenho o livro como uma preciosidade. As reflexões são fantásticas.
Dia desses, pensava em como reagimos diante das coisas que acontecem em nossas vidas. Em algumas situações, principalmente as mais complicadas, dramáticas, na maioria das vezes bate o desespero. Aquele medo que nos domina e nos faz agir de forma inconsciente. A preocupação que nos tira o sono, que nos estressa, que nos adoece e irrita. Mas no fim das contas, tudo se resolve.
Ultimamente, tenho procurado principalmente nos momentos de dificuldade, repetir pra mim que: Tudo passa. TUDO. Nada, nenhuma situação que estejamos vivendo hoje em nossa vida é eterna. Tudo passa. Tudo é mutável.
Ajuda? Sim. A mim, pelo menos. Claro, não vou deixar a coisa na situação que está, vou tentar resolver, mas guardo no coração e na mente a certeza de que irá passar.
Só não gostei muito quando, lendo o livro que mencionei acima, o autor discorrendo sobre este mesmo pensamento de que Tudo Passa, diz que isto vale tanto para os momentos de extrema dificuldade quanto para os momentos de extrema felicidade. O Tudo Passa serve para as duas situações. E aí lembrei daquela frase que já ouvi tanto quando morava na Bahia: "Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe". Difícil aceitar que assim como a tristeza, a alegria também vai passar. Mas, pensando dessa forma ao menos tentamos aproveitar cada momento de alegria, de felicidade genuína pois sabemos que ela poderá não durar muito.

Abraços, meus queridos!

domingo, 9 de novembro de 2014

E seus sonhos, como estão?

Quando mais novos, pré-adolescentes, os sonhos povoam nossa mentalidade. Profissão (ou profissões), viagens, experiências, planos para um futuro (não) tão distante. Eu tinha vários deles..
O tempo passa, nós crescemos, e viramos adultos cheios de responsabilidades e contas a pagar, estudos, problemas, relacionamentos, etc etc e no meio do caminho vamos deixando nossos sonhos de lado ou mesmo os abandonando.
Tenho tentado resgatar meus sonhos. Na correria diária, não sobra tempo para os questionamentos: o que quero da minha vida futura? O que ainda falta experimentar? Quais os lugares que quero conhecer, os shows que quero ir, os livros que quero ler, os sabores, os cheiros, os toques...
E pensando nisso tudo, vejo que algumas coisas já foram devidamente marcadas na minha lista: viagem ao Rio pra ver o show de Madonna em 2008, morar na grande metrópole que é SP, terminar minha graduação em Letras que é uma área que gosto muito, ter minha casa (sonho que está quase se realizando, afinal está no papel ainda, só preciso entrar na dita cuja), show de Beyoncé na área VIP ano passado, show de Ivete Sangalo este ano, em SP (a pessoa sai da Bahia pra ver Ivete em SP, como pode?), e tem muita, muita coisa pendente ainda.
O grande amor, aquele que será inesquecível; show de Bethânia (que espero ir ano que vem, na comemoração de 50 anos de carreira dela); viajar para Barcelona (apaixonado por aquela cidade) e conhecer outros lugares no Brasil como Belo Horizonte, Porto Alegre, Floripa, Vitória, Curitiba, e algumas outras; fazer o curso de espanhol e inglês; fazer da corrida um estilo de vida; viajar em férias com minha mãe e tantos outros planos, sonhos, vontades que espero (e irei me preparar) para realizar cada uma delas e descobrir outras tantas...
Como diz Eugênio Mussak, em seu livro A vida é cheia de Curvas (Ed. Abril), "Os sonhos são como os deuses, só existem enquanto acreditamos neles". E eu acredito nos meus!
E você, meu amigo leitor, quais os seus sonhos? Ainda os tem, ou já os deixou pelo caminho da vida?

Abraços!

domingo, 19 de outubro de 2014

Mais do mesmo...

São Paulo! Dia desses um amigo pediu que eu desse minha opinião sobre o trecho de um livro de Caio Fernando Abreu, onde ele troca cartas com um amigo. Em uma dessas cartas, ele fala sobre seu retorno a SP com a seguinte alusão:

"Mas estou mais tranquilo. E percebendo coisas: voltei para Sampa muito alegrinho, muito na-boa, muito tudo-vai-rolar. A memória da gente é safada: elimina o amargo, a peneira só deixa passar o doce. Então eu tinha esquecido que esta cidade te cobra preços altos. Ela é uma mulher (ou um homem) belíssima(o) que se oferece, tentador(a), como se amasse, te envolve, te seduz — e na hora em que você não suporta mais de tesão e faria qualquer negócio, ela(e) te diz o preço. Que é muito alto."

Minha opinião? Hum...deixa eu pensar... Eu adoro São Paulo. Eu gosto de não ter que ver os mesmos rostos todos os dias nas indas e vindas para trabalhar ou caso eu saia para algum lugar. Eu gosto de saber que há inúmeras oportunidades de diversão, ainda que eu não aproveite nada dessas opções, ficando em casa nos fins de semana. Eu gosto das mudanças de tempo repentina, estamos com sol agora, menos de 1 hora depois chuva torrencial! Enfim, se for elucidar aqui todos os motivos que me fazem gostar de São Paulo o post será imenso.
Porém, em alguns momentos bate a tristeza, por N motivos. O último foi no sábado.
Fiz um novo amigo na academia. Muito lindinho, atencioso, sinto quando estou com ele que há uma energia boa entre nós. Porém, ele namora e eu respeito demais isso, assim como ele também. No sábado eu precisei ir até o trabalho e ele pediu pra esperar por ele que trabalha perto para voltarmos juntos. Já havia dito antes aqui a falta que tenho de novos amigos, de companhias para sair no fim de semana, ir no shopping, conversar, pegar um cinema, dar risada, etc. Enfim, ele me acompanhou até determinada estação de metrô, onde precisou descer para encontrar o namorado, pois iam sair. Ia chamar os dois pra gente jantar, comer algo, conversar mas ele disse que iriam ao aniversário da tia do namorado. Fui sozinho ao shopping, onde fui jantar sozinho e comecei a teclar com meu melhor amigo que mora na Bahia.
E como tenho espaço para conversar abertamente com ele, falei que estava jantando, sozinho. Ele disse que isso irá mudar, e ficamos falando amenidades até que ele se despediu pois havia marcado de sair para jantar com amigos, e encerramos o papo. E neste momento, shopping lotado, maior barulho, a minha situação veio com força total: SOZINHO. Jantando sozinho. Existe situação de maior solidão do que jantar sozinho num shopping lotado? E ali fiquei, com os olhos cheios de lágrimas, remoendo tudo isso. Tentei esquecer, comprei um milkshake, mas os olhos ali, transbordando. E pensei, pensei, pensei. Deixei a dor doer até chegar em casa...quando tentei me ocupar de outras coisas para não pensar mais nisso.
Eu espero que São Paulo cobre o preço por eu escolher morar aqui, daqui há muitos, muitos anos!
E o Fred ainda quer que eu escreva mais...pra contar o que, Fred?

Abraços, meus queridos!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os Livros e a leitura.

Ontem no Fantástico, foi exibido um episódio da série "Vai fazer o quê?", onde expõem pessoas comuns a situações inusitadas, com o intuito de ver como elas irão reagir. No episódio deste domingo, uma criança de uns 8 anos, maltrapilho, na rua fazendo um pedido no mínimo estranho: ao invés de pedir para as pessoas na rua dinheiro, comida, como constantemente acontece nos grandes centros, em frente a uma livraria famosa aqui de São Paulo ele pedia: "Por favor, você pode comprar um livro pra mim? Pode ser do mais baratinho..."
Só em escrever isso, eu já fico emocionado. Os olhos, durante a reportagem, ficaram cheios de lágrimas em ver as pessoas surpresas com o pedido do garoto, emocionadas, e alguns até leram pra ele. E fiquei pensativo com aquilo que assistia. (
Filho de professora, graduado em Letras, ex-professor (visto que só exerci minha profissão por 1 ano letivo), eu acredito piamente que a vida de uma pessoa pode ser completamente modificada através da leitura. Algumas pessoas que aqui conheci costumam me chamar de culto, de não sei mais o que, somente pelo falo de que gosto de ler. Outros até vem até mim perguntar: Como faço pra aprender gramática? E se lamentam, que são ruins, que não entendem, etc, etc. Ao que eu respondo: você vai aprender muito de gramática, se ler muito. Acaba aprendendo por osmose  a escrever bem, e se for crítico ainda poderá interpretar melhor o mundo ao redor.
Eu sou um adepto dos livros, sejam do que for. Já comprei livros pela capa e fui muito, muito Feliz na compra, assim como já comprei livros que não consegui terminar de ler (sem culpa alguma, não leio nada forçado). Não consigo ir a uma livraria somente para olhar lançamentos. Se estou lá, saio com 2, três livros pelo menos. AMO o ambiente das bibliotecas, quando estava na graduação sabia onde estavam os livros que eu gostava sem precisar consultar o sistema (muitos de meus colegas se aproveitaram disso). Meu sonho de infância era ter uma assinatura das Revistas da Turma da Mônica. Como eu amava (ou amo ainda) aqueles gibis. Li revistas tipicamente femininas, como Carícia, Capricho, Atrevida. Fui assinante da Super Interessante, da Mundo Estranho e hoje sou assinante (e apaixonado) pela Vida Simples, da Editora Abril. E tenho meus livros, de crônicas, romances, poemas. Adoro um bom romance policial. Sou viciado em Martha Medeiros, Rubem Alves, Mário Quintana, ou qualquer outro livro que esteja na moda. Sim, livros ou autores da moda, como John Green, James Patterson, etc. E procuro incentivar as pessoas com quem convivo a lerem mais.
Bom exemplo disso é uma colega de trabalho que tem sindrome do pânico (ou tinha). Quando nos conhecemos, ela me disse que não conseguia pegar o metrô, fazia o trajeto pra casa de ônibus e raramente de metrô, porque ficava sufocada quando começava a encher, os túnel, e o calor, etc, etc e ela acabava descendo no início do trajeto e optando pelo ônibus. Perguntei porque ela não fazia o trajeto lendo, e quem sabe assim se desligasse do problema e fizesse sua viagem em paz. E ela começou a levar um livro meu pra ler... Hoje ela só faz o trajeto de casa para o trabalho com um livro, e lê super rápido! Diz que sou seu biblioterapeuta! No trabalho tem uma caixa cheia de livros meus, onde algumas pessoas pegam emprestado, outro colega lê minhas revistas Vida Simples, e assim vou fazendo minha parte.
Meu afilhado de 8 anos (filho adotivo de uma tia minha, que é professora também) está crescendo sendo constantemente incentivado a ler. Hoje, ele antes de dormir vai para o quarto dele, veste seu pijama, deita na cama e abre um livro. E fica ali lendo, lendo...às vezes levanta, apaga as luzes e dorme. Outras vezes, dorme com o livro aberto sobre o peito. Uma coisa LINDA de ver! Faço questão de, nas duas vezes por ano que vou a Bahia, levar livros pra ele, que devora rapidinho! Agora está metido até a querer fazer palavras cruzadas, que minha tia gosta. Mas como não sabe ainda, temos que ir ajudando e ele fica super animado.
Eu faço minha parte e fico feliz de ver que influenciei a vida de algumas pessoas através da leitura. Confesso que com a reportagem do Fantástico, senti como se não estivesse fazendo nada, que poderia fazer mais pelas crianças, sei lá, apoiando uma ONG, doando livros para instituições de caridade, lendo para uma ou várias crianças. Preciso amadurecer estas ideias, sinto que é algo que quero fazer, que preciso fazer. Inclusive, se alguém souber de algum projeto social que tenha voluntariado, me indica!
E é isso! Grande abraço, meus queridos!

domingo, 10 de agosto de 2014

Quase 30.

2015, daqui a 8 meses mais ou menos, eu faço 30 anos. Um divisor de águas, assim como os 20, e a crise dos 20.
Estou chegando aos trinta com algumas metas cumpridas: mudei de cidade e Estado, conclui minha graduação, e já estou a caminho da minha casa, meu apartamento. De tudo o que já conquistei até aqui, minha maior frustração foi não ter vivido até o momento um amor, daqueles que marcam, que ferem, que são como bálsamo, que são a cura e a "doença". E o pior é que vejo os tempos atuais, de relacionamentos virtuais via aplicativos, Redes Sociais (e eu confesso, me rendo à essas tecnologias todas) e vejo que com o passar o do tempo a situação só tende a piorar.
Pra completar, acho que quem convive comigo deve ter pena de mim ou algo do tipo, porque agora alguns amigos e amigas cismaram de arranjar seus amigos e conhecidos pra mim, e não dá certo. Não funciona. Chega a ser engraçado kkkk.
A maturidade vem, vamos ficando mais exigentes. Sexo por sexo já não tem tanta graça, e a falta de sentimento, de acolhimento, de colo, de carinho faz falta pra caramba. E o coração pede por um novo amor. E esse pedido só piora quando ao redor todos anunciam seus namoros, casamentos, gritam suas felicidades de cima dos telhados. Inveja? Nome feio. Mas sim, inveja.
Questionamentos: porque não eu? O que está errado? O que mudar? Como agir? Será que ainda vai acontecer? E se não acontecer? Tantas perguntas que somente o tempo poderá responder.
Agora é me cuidar, rever essa saúde que tá descuidada, e me preparar para, com fé em Deus, chegar aos 30 anos melhor que os 20.

Abração, queridos!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Medos

Dizem que nossos medos precisam ser verbalizados (neste caso, escrito) como forma de expurgar, de afastar o que é ruim e assim aprendermos a dominá-los, vencê-los, controlá-los.
Lembro que, quando era menor, sentia uma medo terrível de perder as pessoas que amo. Meus pais, meus avós, amigos, irmãos. Era um medo tão horrível, que me fazia chorar às vezes, mas acabava passando.
Nestas férias, eu pude sentir este medo novamente de forma palpável, e mesmo agora, dias depois o aperto que sinto no peito só de lembrar.
Já quase nos últimos dias de férias na Bahia, um acidente me tirou o ar, o chão, me fez tremer nas bases como nunca mais havia sentido. Minha mãe caiu em casa, sozinha e sofreu um corte na cabeça que levou 7 pontos. Meu irmão mais novo, de 17 anos, que a encontrou em casa, sozinha, em sua cama ensanguentada, ainda tonta mesmo a pancada tendo acontecido 1 ou 2 horas antes. O susto que ele levou só o fez ir atrás de mim, que desesperado e cego corri pra casa. Foi a corrida mais longa, os passos mais escuros e desesperados que já dei na vida para no fim ver aquela cena que até agora me deixa triste, confuso, com mais medo: a pessoa que mais amo na vida vulnerável, machucada, ferida, indefesa.
Bem, tomamos a providências que deveríamos tomar, passei a noite com ela no Hospital, pela manhã levamos para fazer uma tomografia e graças a Deus tudo está bem. Ela já retirou os pontos, e eu voltei pra SP quase 10 dias depois do acontecido.
Mas são esses momentos que me fazem questionar a minha vida, a minha relação com ela e com todos aqueles que amo, e dos quais estou longe. Fiquei confuso, pensando em voltar pra cá apenas para dar um fim nas coisas que conquistei e voltar pra Bahia pra ficar com ela. Minha mãe tem somente 51 anos, faz 52 mês que vem. Está forte, saudável, lúcida. Teimosa como só ela sabe ser.
Eu sei que, mesmo que eu deixe tudo aqui e retorne pra Bahia não estarei imune aos acidentes, eles acontecem esteja eu perto ou não. Mas que é doloroso sair e voltar para minha vida aqui sabendo que estou longe dela, e que pode acontecer de novo. Graças a Deus, as vezes em que coisas graves aconteceram eu estava lá ou livre para viajar pra lá. Mas pode ser que nem sempre seja assim...
Nesses momentos, tudo o que eu mais queria era alguém pra dar a direção, para me dizer o que fazer... Mas algumas decisões tenho que tomar e arcar com as consequências...
Me perdoem o desabafo, mas quem sabe assim não me sinto melhor...com menos medo.

Forte abraço!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Junho = Férias!

Junho chegou e com ele a Copa do Mundo. A cidade pegando fogo com a greve do metrô, trânsito caótico, tudo parado. Pra mim, junho é o mês das FÉRIAS!
Já há uma semana estou curtindo minha liberdade anual remunerada (rs) e aproveitei para rever antigos amigos, para ver os filmes do momento: Malévola (visual maravilhoso, história bem infanto-juvenil); X-Men: Dias de um futuro esquecido (filme fantástico!) e A culpa é das estrelas (que já tinha lido o livro, mas chorei igualmente ao assistir o filme e ver o quanto os atores Shailene Woodley e Ansel Elgort interpretaram tão maravilhosamente bem os personagens). Além destes também assisti o tão emocionante quanto The Normal Heart, onde a interpretação do Matt Bomer foi fantástica, e a história do filme impactante.
Mas, férias pra mim também é sinônimo de visitar a família e por isso estou embarcando para a Bahia hoje pela manhã, para passar três semanas visitando os amigos, minha mãe, meus avós, revendo todas as pessoas queridas. Confesso que, um pouco antes de ir bateu um certo desânimo porque minha família vê em mim o Salvador da Pátria, aquele que pode resolver todos os problemas da família, principalmente os problemas que acontecem dentro da MINHA casa, mas que os avós, os tios se acham no direito de opinar. Então, basta eu chegar que começa o despejo de lamentações e problemas e queixas e opiniões. Confesso que por muitas vezes eu peguei estes problemas para mim, como se não bastassem os meus. E me estressei e estraguei minhas férias, meus dias de descanso.
Este ano será diferente. Os problemas existem, porém eu não tenho poder para resolvê-los, visto que dependem exclusivamente da vontade de outras pessoas. Portanto, posso até ouvi-los, mas não irei tomar para mim esta responsabilidade.
E assim, me preparo para esta viagem. Como tenho ido a Bahia duas vezes no ano, não dá tempo para alimentar MUITAS saudades além da normal. Portanto queridos, caso eu suma o motivo é este. Estou descansando e prometo assim que voltar visitar a todos os blogs.

Abração!

domingo, 25 de maio de 2014

Vida Simples: vale a pena ler!

Não é segredo pra ninguém que eu adoro ler. Viver numa cidade como São Paulo sem subterfúgios para o longo tempo no transporte público é loucura. Então sempre estou munido de fones de ouvido e um livro ou revista. Assim o trajeto parece menor, o tempo passa mais rápido.



Nessas tantas leituras, sempre admirei muito a revista Vida Simples, da Editora Abril. Em fevereiro, quando a reportagem de capa foi sobre Recomeços não aguentei e fiz a assinatura. E confesso: de lá pra cá não me arrependi 1 minuto. A diagramação, o design, as capas, as matérias, tudo nessa revista me apaixona.

São tantas reflexões que nos levam a questionar o modo como estamos vivendo, ou a forma como gostaríamos de viver. Pensamentos que nos levam a ação e que com certeza transformam nosso dia a dia.

Recentemente li uma matérias que falava sobre o luto, perder alguém que se ama. Uma matéria linda, que mexe com aqueles que sentem a falta de ente querido que já não está neste plano.


Já a deste mês, a reportagem de capa fala sobre a gratidão! A importância de ser grato a Deus, ao Universo, ou qualquer que seja sua crença por tudo o que se tem, pelos aprendizados diários, até mesmo pelas dores, como forma de se viver mais plenamente. Enfim, não poderia deixar de compartilhar algo que me faz tão bem, que me deixa bem e me faz querer ser melhor!

Abração meus queridos!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sem nome

O problema de receber cuidado, carinho, atenção é quando você fica sem, é um buraco gigantesco que fica dentro do peito, uma dor física que faz você se enroscar todo pra dormir.
Sim, pra dormir, porque é neste momento você e sua consciência, e seus travesseiros, o cobertor que paro pra pensar em tudo o que foi, o que poderia ter sido, tudo o que não será.
Hoje sinto menos falta que ontem, e amanhã sentirei menos ainda do que hoje. Aos poucos seus contornos vão sumindo de minha memória e sendo substituídos por preocupações diárias, por outras imagens igualmente belas, por novas perspectivas. Mas ainda lembro do teu cheiro quando sinto o perfume em outra pessoa, ainda lembro dos abraços apertados, das noites agarradinhos..e pensar nisso tudo me deixa de olhos marejados...
Me pediram para pensar que tudo tem um propósito na vida. Não entendemos, mas no fim houve um motivo para nossas vidas se cruzarem e se separarem tão rapidamente. Aprendizados que podemos não reconhecer agora, mas que um dia virão à tona. Não sei se isso de fato acontecerá, mas confesso: agora eu só queria você aqui, comigo...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Repetições.

25 anos, uma filha de dois ou três, algumas incertezas e meio perdido na vida. Mas ainda assim eu gostei do cheiro, do corpo, do beijo, do carinho e atenção e até mesmo do ciúme meio louco que tinha. Custei a acreditar que alguém do porte dele fosse se interessar por mim: quase 5 anos mais velho, fora de forma, morando distante dele, entre outras coisas.
Mas ele se interessou, gostou, curtiu. Ao menos tudo isso me foi dito. E assim embarcamos em noites juntos, em banho juntos, em tardes vendo TV, ou simplesmente jogando Candy Crush (quando ele não conseguia passar a fase, me pedia para fazer isso). Cozinhei pra ele, cuidei, dei conselhos, mostrei a opções para ele pudesse tomar decisões, apoiei quando necessário.
E assim seguimos por 1 mês, até que numa discussão boba de fim de sábado, ele dormiu sem falar comigo. No domingo foi embora cedo pra casa dele e com raiva de mim, e naquele mesmo dia colocou um ponto final em tudo aquilo. Muitas lágrimas, muita conversa, aceitei que o fim era ali e ponto. E ele voltou atrás, chorando e pediu desculpas, dizendo que não ia fazer isso. E pediu pra voltar. Ufa, respirei aliviado.
Mas no fundo, eu sentia que essa decisão apenas adiaria o fim. Não seria como antes, e na primeira oportunidade, ele faria novamente.
Dito e certo.
4 dias depois, percebendo que ele estava muito diferente do que era antes da discussão de dias atrás, questionei e ele negou. Negou, para momentos depois dizer que não dávamos certo juntos. Que gosta de mim, muito e não será fácil me esquecer, mas não dá pra continuar. Aquelas desculpas esfarrapadas de sempre...um Ovo de Páscoa comprado sem necessidade, um feriadão pela frente para sofrer, lembrar, tentar entender e principalmente, aceitar.
Mais um fim. Mais um Acabou. Mais um Espero que encontre alguém que te faça feliz, porque você merece. Repetições.

domingo, 16 de março de 2014

Relacionamento e sexo.

Aí você conhece o cara, super bacana, super gente e na hora que a conversa entra no assunto sexo, descobre que ambos tem preferências parecidas. Em alguns casos, a conversa esfria ali mesmo.
Em outros, ambos tentam continuar tudo aqui na esperança de que possa dar certo, afinal o sexo é apenas uma parte da relação (na minha opinião uma parte importante mas não decisiva..ou será que estou errado?)
Já vi relacionamentos esfriarem porque o sexo não era tão bom, porque o parceiro curtia o mesmo que o outro (ambos se denominavam ativos ou ambos passivos). Dizem que o melhor mesmo é ser versátil pois dessa forma ambos se satisfazem e coisa caminha em paz ( ao menos no âmbito sexual).
Tenho poucas experiências no campo relacionamento. E por isso questiono: é possível dois caras que curtem as mesmas coisas na cama se relacionarem e serem felizes assim? Ou em determinado momento, um pode ir procurar fora da relação o que não encontra "em casa"?

Penso que, quando você encontra O Cara, o sexo vai ser um complemento. O que tiver de acontecer, vai acontecer e será bom para ambos. Se ambos estiverem de acordo, claro. Porém, ainda não coloquei esta forma de pensar em prática. Não tive O relacionamento ainda, para experimentar e ter certeza disso. Mas quero a palavra de vocês todos que estão namorando, que estão solteiros mas que já viveram isso.

Abração!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Medo de esquecer.

Vivemos na era da tecnologia. Momentos podem ser registrados com facilidade via smartphone, camêras digitais, etc, etc.
Porém, há momentos em nossas vidas impossíveis de ser capturados por câmeras ou celulares. E são estes que eu tenho medo de esquecer.
São histórias com os amigos, como a vez em que ajudei uma amiga a fazer uma mudança, no bairro universitário de Feira de Santana, numa carroça. Ainda lembro de seus sorrisos naquele dia. Ou quando fomos apresentar um trabalho na Academia Baiana de Letras, cujo tema do trabalho era O VOCABULÁRIO ERÓTICO EM A CASA DOS BUDAS DITOSOS. Imagine, num lugar cheio de acadêmicos, professores e colegas, levarmos um trabalho para ser apresentado onde falavámos sobre as várias designações para pênis, vagina, seios, ânus que apareciam no livro. Foi memorável!!!
Ou ainda os momentos únicos em família, quando nos almoços de domingo na casa de minha avó alguém solta uma pérola e todos caem na risada, minha avó chorando de rir. Ou aqueles domingos em casa onde minha mãe fazia a unha de meu pai enquanto eu e meu irmão ficávamos vendo TV e rindo com as palhaçadas deles... Ou ainda, o último olhar do meu pai no leito do hospital...
Eu tenho medo de esquecer. De tudo isso e de muito mais. Mesmo sabendo que, invariavelmente, um dia essas coisas serão apenas fragmentos de memória que eu não pude eternizar.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Seca total (corpo e alma).

Quase 5 meses. Isso, 5 meses sem beijo, sem sexo, sem tocar outro corpo.
E pior que apesar disso eu não estou desesperado, não estou atacando qualquer um, ou procurando desesperadamente por sexo fácil e descartável. Comecei 2014 parado demais. Sei lá, mais tranquilo, sem fazer tanta questão de envolvimentos. E cansado de correr atrás.
Tanta gente bacana, é verdade. Mas que ADORAM fazer um c* doce, um charminho...ah, por favor. Eu estou chegando aos 30, e ficando cada vez mais sem paciência pra correr atrás de quem faz pouco caso, esforço algum para estar com o outro, para sair, conversar, dar risada, tomar alguma coisa. Daí a pessoa fica naquela de que não posso, tenho compromisso, mal te responde quando você puxa assunto e eu, num átimo de amor próprio, deixo de lado.
Ao mesmo tempo que há essa auto valorização, há uma baixa estima (ou baixa auto-estima) imperando: aquele olhar de crítica no espelho, de insatisfação, de reprovação...
É um momento importante para alinhar muitas coisas internamente, porém um momento difícil também.
Espero chegar num lugar onde ganhe um novo fôlego pra recomeçar, seguir em frente e me tornar melhor.