quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sonhar...

"Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada

Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos

Que lindo que é sonhar

E nao te custa nada mais que tempo"


(A noite sonhei contigo, Paula Toller)

Nesse processo de análise no qual estou vivendo, atenção é algo fundamental. E estive bem atento no que diz respeito a envolvimentos amorosos. Já disse inúmeras vezes que quero encontrar uma pessoa para viver algo diferente de tudo o que já vivi até então. Ok, confirmo a informação.
Nessa fase de autoavaliação, eu confesso ter encontrado algumas pessoas até legais, mas que depois de papos e tal, não passaram de atração física, de sexo ás vezes, e alguns uma amizade posterior. Há algum tempo que um carinha se diz interessado em mim, que me acha isso, acha aquilo e etc, e diz isso a alguns amigos meus com o intuito de que eles nos aproxime, ou que façam com que eu fique com ele, ou até mais: o namore. Mas é uma questão de química, ou melhor, de atração. Eu não sinto atração alguma pela figura. Tudo bem que nunca sentei para conversar cara a cara com ele, mas não tenho interesse algum nele e não quero criar ilusões em nínguem. Então, utilizo da mesma forma que ele usou para me abordar e mando o recado de volta que não quero nada com ele, que não tenho interesse.
Esta semana estava com uma amiga, e encontramos três carinhas, dos quais ela conhece dois deles. Um destes ficou interessado em mim e utilizou do mesmo artifício do outro e mandou recadinho, que me adorou, que está querendo namorar, e que sou a pessoa perfeita para isso, porque sou "certinho" (kkkkkkkkkkkkk) e portanto, uma pessoa namorável. Só que, com ele, aconteceu a mesma coisa do outro. Não senti atração. Não senti nada.
O primeiro ao menos tive a oportunidade de ver como se comporta quando nos conhecemos, sentados numa mesa em comum num bar com amigos em comum. Não me agradou. O último, nunca tive oportunidade de conversar, mas sinceramente e odeio essa frase, mas não há outra: não faz meu tipo. Há quem discorde dessa coisa de "tipo", mas temos que concordar que há pessoas que simplesmente não nos causam sentimento algum. Nem ao menos de amizade. São simplesmente pessoas neutras. Para mim, estas pessoas, estes dois caras que falei são pessoas neutras.
Coloquei-me no lugar de tantos outros que já me disseram isso (Você não faz meu tipo). Senti na pele o que é você ter uma pessoa no seu pé quando você não tem interesse nenhum por ele. E me questionei: será que eu quero mesmo namorar? O certo teria sido eu tentar com um destes caras para finalmente viver algo legal? Estou escolhendo demais? O amor realmente é um sentimento que se constrói? (Nossa, acho que estou assistindo muito Caminho das Indías, kkkkkk).
Então se o amor é algo que se constrói, o que estou procurando então é uma grande paixão, avassaladora, perturbadora.
Conheci outros caras que parecem ser pessoas legais, "ideais para namorar" (se é que existe pessoas ideais para isso), mas não senti esse desejo quando os conheci e não sei se eles tem a mesma vontade.
Creio que não fiz nada errado. Namorar definitivamente não é algo que independe da vontade do outro. Tem que existir a vontade de ambos para que isto aconteça. Eu ainda espero encontrar alguém com quem eu nem perceba que a paixão tá crescendo, e que quando eu vá me dar conta, já seja tarde demais: estaremos unidos de alguma forma estranha e diferente de tudo o que já vivi. Sonhando demais? Talvez.
Mas não custa nada sonhar. E eu ainda sonho em encontrar não a pessoa perfeita, mas a pessoa disposta a viver algo diferente comigo, alguém que acelere meu coração e mude minha rotina! Eu ainda espero. Ah, e reconheço que o final deste post ficou super clichê.

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